Neurociência, Música e Aprendizado de Inglês: o que a Ciência já Sabe
- Micael Daher Jardim
- 21 de jun.
- 2 min de leitura
Você já se perguntou por que é tão mais fácil lembrar a letra de uma música do que um conteúdo de aula tradicional? A resposta está no cérebro — e a ciência vem mostrando isso com cada vez mais clareza.
A música ativa, ao mesmo tempo, áreas ligadas à memória, à emoção, ao ritmo e à linguagem. Isso torna o aprendizado por meio da música não apenas mais prazeroso, mas também mais eficaz. No caso do inglês, especialmente, o efeito é nítido: vocabulário, expressões e estruturas gramaticais se fixam com mais naturalidade.
O que diz a ciência
Segundo Schulkind, Posner e Rubin (2003), ouvir música ativa regiões do cérebro associadas à memória de longo prazo, linguagem e emoção. Diferente da fala comum, a música envolve melodia, repetição e ritmo — elementos que ajudam a consolidar o conteúdo de forma mais profunda. Já Ferreri e Verga (2016) mostram que, ao combinar melodia e linguagem, a música melhora o foco, a retenção e a memorização de estruturas verbais.
Além disso, o engajamento emocional provocado por certas músicas potencializa o efeito da dopamina, o que reforça a consolidação da memória. É como se o cérebro “guardasse” aquilo que também fez sentido afetivo.

Aplicações práticas no ensino de inglês
Como professor e criador de soluções educacionais, tenho observado esses efeitos na prática. Produtos como o Fill the Song foram desenvolvidos justamente com base nessas evidências. Em vez de depender de listas de vocabulário, a ideia é aprender inglês dentro de um contexto musical real — com repetição, ritmo e engajamento emocional.
Algumas boas práticas baseadas em neurociência:
Escolher músicas alinhadas ao nível do aluno
Usar jogos interativos com lacunas (gap-filling)
Estimular o canto e a leitura simultânea
Repetir músicas familiares com atenção intencional
Associar vocabulário a emoções e experiências

Conclusão
Aprender inglês com música não é apenas um método mais leve. É um caminho que a própria neurociência reconhece como altamente eficaz. E quando unimos isso à tecnologia e ao design de jogos educativos, os resultados se tornam ainda mais consistentes.
Para quem busca um aprendizado contínuo, intuitivo e duradouro, vale explorar metodologias que fazem do idioma algo vivo e emocional — como propõe o Fill the Song, uma das iniciativas que tenho orgulho de desenvolver.
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